segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

INTRIGAS NO AMBIENTE DE TRABALHO

Elas estão por toda parte. As intrigas. Pra todo gosto. Às vezes explícitas, outras vezes às escondidas, habitando o ambiente corporativo. É “cobra engolindo cobra”. Nas Instituições públicas ou iniciativa privada, solta pelos corredores, salas, banheiros... Em geral dissimuladas, o que torna perigosíssimo, porque ocorre uma reunião por afinidades e dedicam-se a destilar veneno, rancor, frustração, mágoa e ressentimentos contra quem é considerado “certinho”.


A pessoa que inventa fatos, que cria versões acerca de um acontecimento, distorcendo-o ou mal interpretando, provoca conflitos gerando intrigas. O perigo é quando esta pessoa vive adulando os superiores e sempre visita o Chefe no final do expediente para fazer os “comentários gerais”. O invejoso é malicioso, Inseguro, medroso, covarde, com baixa auto-estima, em geral bajulador e puxa-saco Aí o perigo é grande e é preciso cuidado. A inveja gera a fofoca e esta a intriga. A fofoca decorrente da inveja já abalou mercados, derrubou Chefes, arruinou casamentos, destruiu famílias. O fofoqueiro adora uma panelinha. “Os que se parecem se juntam”, dizem os franceses.


Por conta da intriga, promoções justas deixam de ocorrer, boas idéias são rejeitadas, trabalhos inovadores são desmerecidos, profissionais competentes são despedidos ou ficam esquecidos, só sendo lembrados quando “a coisa aperta” e os medíocres, flagrados em suas mediocridades, não têm mais a quem recorrer. Mentira é a arma dos incompetentes e é muito usada, gerando muitas dificuldades. Falsidade e mentira juntos então, é um mal irreversível: uma doença crônica e degenerativa.
Não só no trabalho, como em todas as relações sociais e pessoais humanas a falsidade é presente. Inveja, ódio e medo de perder posição ou ser superado fazem o ambiente de trabalho ter tanta falsidade e muita gente confunde profissionalismo com falsidade.


O invejado não consegue, às vezes, colocar o seu talento a serviço da organização em razão dos maus fluidos do espaço profissional, incomodado com a influência negativa, não consegue produzir em paz, não se sente bem no trabalho e, conseqüentemente, não produz o que pode com os conhecimentos e capacidades que possui.


O fofoqueiro só fala pelas costas, gera intrigas. É um covarde. Não tem coragem de olhar no olho de quem ofende com suas perversidades. Vive fazendo fofocas, criando embaraços, injuriando e difamando os companheiros de trabalho, quando não inventando mentiras, com o objetivo de aniquilar o “certinho” a qualquer preço, seja por possuir a inteligência que gera idéias brilhantes ou por ser um trabalhador ferrenho, que tira leite de pedra e é gente que faz.


A fofoca causa prejuízos altíssimos às empresas e repartições públicas. Segundo a BBC, em matéria jornalística de 22 de maio de 2007, cerca de 13% dos 28,9 milhões de trabalhadores britânicos admitiu gastar pelo menos duas horas semanais fofocando com os colegas, o que indica que gastam 7,4 milhões de horas semanais “fuxicando”. Como o salário médio na Grã-Bretanha é de 11,71 libras por hora, o estudo concluiu que as empresas perdem mais de 86 milhões de libras por ano (cerca de R$ 345 milhões) só com a fofoca.


Em tempo: a 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP) deu ganho de causa a um ex-empregado do BankBoston Banco Múltiplo S.A., que foi vítima de fofocas e intrigas causadas no ambiente da empresa, tendo sido condenados o invejoso e a empresa que não tomou providências contra o intrigante. Tenham cuidado com o precedente...fofocas, vaidades, panelinhas, pessoas que só freqüentam locais para falar dos outros e fofocar...


O que leva a falsidade no trabalho é apenas uma simples questão de convivência, escondendo um clima ruim que existe no relacionamento entre pessoas, e que ajude a obter vantagem sobre a outra. Quem nunca viu àquela cena: "fulano, que pena que deu errado. Foi uma fatalidade" e, assim que este vira as costas: "ele tinha que se ferrar mesmo. É muito chato e muito besta. Espero que seja demitido"? Todos já viram isso. O que essas pessoas não sabem é que não precisa disso. Dá muito bem para trabalhar com pessoas que não gostam declaradamente uma das outras. E se acha que a outra não sabe que você não gosta dela, engana-se: só está gastando sua energia à toa para fingir.


Pessoas de bom senso, capazes, não precisam usar deste expediente para se dar bem na vida profissional. A falsidade no ambiente do trabalho é a pura demonstração de incapacidade, querendo compensar para alcançar resultados na carreira. Ela é maligna em qualquer lugar, em qualquer momento ou circunstância, pois conviver com gente assim não existe coisa pior no mundo.


se tiver que dizer alguma coisa de um amigo ou de algum colega de trabalho, chame a pessoa e fale aquilo que deva falar, da mesma forma que critique algo de errado de forma quer a pessoa possa parar para refletir e consertar o erro ou possa elogiar as coisas bem feitas de um amigo ou colega de trabalho, mas tudo de forma que a pessoa não se sinta prejudicada por você, ou seja, que não esteja sendo falso com essa pessoa. Dessa forma a gente pode solucionar uma série de problemas e de desentendimentos que existem no nosso meio e para isso é necessário que se tenha um caráter verdadeiro, sincero e acima de tudo, que seja construtivo para todos.


Não existe nada mais sórdido e eloqüente do que a falsidade. Em nome dela os seres humanos se corrompem e ludibriam seus semelhantes e são capazes de cometer até atrocidades. A falsidade é um dos piores lados do ser humano. Aquela pessoa que se chega com carinha de anjo, mas por trás se esconde um verdadeiro monstro, fingindo ser aquilo que nunca foi.


A falsidade e a mentira são as armas dos covardes, dos fracos de personalidade, daqueles que acham que mentindo e inventando, podem galgar algum lugar ou obter algum sucesso. Pobres mortais.Esquecem que a falsidade é facilmente percebida. Muitos a acusam em seu olhar, no sorriso e até ao nos cumprimentar...


A mentira é uma história criada, que pode ser premeditada, ou instantaneamente inventada e que por assim ser, quando reindagada, pode ser modificada. Para cobrir uma mentira, sempre, outras e novas, vão sendo criadas. Já a verdade é única. É o fato real, que visto, vivido, sabido ou sentido, na memória ficou gravado, podendo ser por muitas vezes repetido, que não altera o seu final. A falsidade em sua concepção traz á pessoa certos proveitos. Omitir sua condição ou se mostrar de maneira diferente para levar vantagens, obter lucros, ascensão social, desmoralizar outras pessoas entre outros.


Essa parece ser a ética do mundo.


A lição que fica é de que, a falsidade tem a perna curta. A verdade sempre triunfará É claro que, para isso, todos têm que ter um alto conceito sobre profissionalismo. Assim, mesmo não se agüentando, fariam de tudo apenas para que o serviço prosseguisse em seu fluxo normal. O duro é que muita gente não sabe separar o pessoal do profissional (embora neguem), e necessitam utilizar deste artifício para que saia "mais ou menos", porque sempre uma vai dar toques sutis para tentar ferrar a outra.


De fato, não é fácil lidar com pessoas em quem não se pode confiar, especialmente quando elas nos magoam o tempo todo. No entanto enfrentar este e outros tipos de pessoas e problemas na vida pessoal e profissional é fato. O ambiente de trabalho, geralmente, é um cenário de competições, com regras mais ou menos claras. Essa competição é da natureza humana e descobrir coisas ruins nas pessoas também não deveria ser surpresa para nós, pois todos temos coisas que aos olhos dos outros podem ser ruins. Então, em nosso mundo de imperfeições e de competição acirrada, torna-se necessário aceitar essa realidade, estabelecer limites do que não suportar e avaliar com bom senso as atitudes a serem tomadas.


"Eu prefiro que não gostem de mim pela honestidade do que gostar pela falsidade".

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

DE HOMEM PARA MULHER...

“O amor mostra sinais que não podem ser equivocados”.
Voltaire


Vivemos uma época de debates e descobertas. Acho interessantes os vários pontos de vista em determinados programas e revistas, mas sempre noto que há poucos homens dialogando nos mesmos.


Como homem, e tendo em meu círculo de amizades várias mulheres, de idade, cultura, grau de instrução e profissões variadas, já ouvi algumas vezes estes comentários: “...Todos os homens são iguais”, “...homens são insensíveis...”, “... são individualistas...” “... por quê agem assim ? ...“.


O senso comum não é tão comum assim...


Vale a pena lembrar que, acima de tudo, para se compreender ambos os lados é necessário cada lado tentar conhecer o outro, não com preconceitos e suposições. Tentar conhecer o que há de belo no oposto e saber aproveitar isso ao máximo.


Do que a mulher gosta? O que ela quer? É o que todos os homens se perguntam. Como eu tenho que ser para agradá-la? Como eu tenho que tocá-la e beijá-la? Como atraí-la? E no sexo, o que devo fazer para ser um bom parceiro sexual?


Ao adquirir maior consciência de sua sexualidade e condição humana, após séculos de quase total submissão, a mulher procura atingir e mostrar todo o seu potencial intelectual, social e humano.


Homens e mulheres são diferentes, tanto no aspecto físico, como nas suas respostas psico-sexuais, mas principalmente na forma de ver, sentir e praticar o relacionamento. No relacionamento de um casal, por exemplo, há muitas diferenças, desde necessidades e maneiras como devem ser supridas até a forma de ver o mundo e as pessoas.


Mulheres gostam de se sentirem desejadas e queridas; amadas tanto pelo interior como pelo exterior; pelo intelectual e pelo físico. Gostam de fazer amor e não sexo.


Para a mulher, sentir que o seu corpo é aceito, sem precisar ser “perfeita” e ter os seios e o corpo de modelo capa de revista Playboy, ser alvo da atenção do homem, dentro e fora da cama, a conversa, o namoro, o beijo, cumplicidade e carinho são essenciais para manter o relacionamento, inclusive o sexual. Tudo faz parte de um universo interessante a ser cuidadosamente desvendado.


Por mais incrível que pareça, nós homens também temos nossas reclamações quanto á algumas coisas em nossos relacionamentos... demora na hora de sair, dúvidas na escolha do vestido para ir a um casamento, atenção a todo instante... É importante lembrar que, generalizando-se, culturalmente os homens foram e ainda são educados para ser o “chefe da casa” (alguns acreditam que somos, fazer o quê???...) e isto inclui ser provedor do lar, responsável por sua família, prole e companheira (ainda que não dedique quase nenhum tempo para isto).


Este “papel antropológico” do homem, pseudo-desempenhado por gerações nas sociedades patriarcais e não tântricas, sempre deu ênfase ao comportamento do caçador e do guerreiro, em detrimento da sensorialidade voltada para o carinho e afetuosidade. Porém, conheço homens que se derretem verdadeiramente quando falam de suas companheiras ou ao simples contato das mãos de uma mulher em seu rosto. Por quê ficar vexado em expor tal fato?


Os homens, não raro, pensam que não são desejados, pois as mulheres não manifestam seus sentimentos com a mesma intensidade. É mais que interessante que as mulheres saibam que os homens também têm seus receios e que existem ótimos homens em busca de mulheres que saibam o que procuram e que também ofereçam o que tanto cobram.


Assim como muitas mulheres adoram todo o ritual de côrte, carinho e romance, o mesmo acontece com muitos homens, porém sempre deve ser observada a educação, sensibilidade e delicadeza que tal momento exige. Em tempo: delicadeza não significa frescura, que isto fique bem claro. Assim como o homem não pode agir como um “predador faminto”, o "lobo solto da jaula” ou o “galinha”, a mulher não deve agir como “dondoca”, “mandona” ou “cachorra” (perdoem o palavreado). Tais posturas levam á demolição de todo o respeito que se busca.


É muito evidente que para ambos os sexos, muitos dos problemas existentes devem-se á falta de flexibilidade de ambos, implicando no endurecimento do diálogo, quando este existe e, a meu ver, na detestável e ridícula frase:


“- Quem gostar de mim terá que me aceitar assim; nunca vou mudar...”


Vale a pena refletir sobre isto. Observando diversos programas e entrevistas em emissoras de televisão, pesquisas acadêmicas de certos institutos e universidades, é surpreendente o que se descobre. O que se está escrito nas entrelinhas. Generalizando-se, em ambos os sexos buscam-se pessoas “cultas”, e quando são questionadas sobre o que seria uma pessoa com tal perfil, a resposta” é uma pessoa que lê muito...”. O divertido de tudo isto é que, quando um apresentador perguntou para uma entrevistada qual o último livro que leu, obteve como resposta um sorrisinho amarelo e um desajeitado “ não gosto de ler, detesto...”


Numa visão simplista, cobrava o que não oferecia...Inteligência e acréscimo de cultura são como músculos, precisam ser exercitados para aparecer...e devem ser ostentados com tranqüilidade para não parecerem arrogantes e agressivos...



Mulheres querem amor, paixão, respeito, cumplicidade, carinho, dedicação, educação, sinceridade ... Mas e nós homens, o que desejamos e esperamos de uma mulher?


Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras, sonhos e fantasias. Que nos faça entrar em transe, babar na gravata. Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado ou no chuveiro...esquecer o futebol e a cervejinha com os amigos...ficar com cara de bobo, rindo para o passarinho que insiste em permanecer pousado na fiação do poste e “otras cositas más “. Não queremos que seja nossa mãe ou irmã, mas simplesmente a mulher a que dedicamos nosso amor, nosso carinho e nossa vida.


Também é extremamente apaixonante ver a mulher que amamos sair para o trabalho como uma guerreira, admirar sua conversa descolada e suas idéias do mundo...ela pode ser moderna sem perder a essência feminina. O homem sente-se orgulhoso em ter a seu lado, e não atrás como algumas mentalidades doentias dizem; uma mulher que demonstre ser profissionalmente sucedida, independente da área em que atua; que procure estar bem informada sobre diversos assuntos e mostre que é uma pessoa que goste de progredir, mas sem o “afetamento demagógico” que algumas utilizam para chamar atenção (“... não acredito em amor, só existe casamento por interesse...”).


E o amor não é um interesse?


Quando uma mulher começa com tal conversa, ao invés de mostrar uma imagem sofisticada, passa a ser considerada vulgar.


Há um ditado indiano que diz “ o homem sem a mulher é um cadáver “. Simplesmente ele não tem vida.


Adoramos as mulheres por diversos motivos: pelos olhares que amolecem o coração mais duro; pela maciez dos seus cabelos quando tocamos com a ponta de nosso dedos quando nos deixam acariciá-los; por vibrarem tanto com uma singela rosa quanto com uma jóia presenteada; por quando estamos intranqüilos nos darem um colo, permitindo-nos tirar um pouco das preocupações do mundo de nossa mentes; pelo jeitinho infantilmente delicado como chamam nosso nome nos momentos de carinho...não basta saber conquistar. É necessário saber seduzir...


A verdade também faz parte do jogo, pois as mentiras levam a mágoas que deixam sempre cicatrizes que afetam relacionamentos. Dizer a verdade dá menos trabalho que inventar qualquer mentira e quando se usam as palavras corretas, assumirmos nosso erros e limitações pode até ter certo senso de humor e garantir muitas risadas.


Cabe aos parceiros saberem compreender que o outro é diferente e não tem os mesmos desejos e necessidades que ele ou ela. Entender que há uma beleza na diversidade e que se ambos conseguirem tirar proveito dela serão muito mais felizes... Felizes dos homens e, com certeza, também das mulheres que conseguirem perceber isto.


Como diria Voltaire, “Se não descobrirmos nada prazeroso, pelo menos acharemos algo de novo “.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Caserna, Democracia e Segurança Pública.

Com a modernização das instituições policiais, principalmente no tocante aos profissionais que as integram, diversas considerações e dúvidas têm encontrado debate franco no seio da sociedade. A começar: qual a verdadeira função da Polícia na sociedade? Como ela é vista internamente? Como são, pensam e agem seus integrantes? Para se combater a criminalidade, é necessário que a instituição policial expresse confiança e respeito social. A começar internamente. Não se consegue o respeito de pessoas com opressão e regulamento arcaicos, draconiano. Por outro lado, a disciplina deve ser exemplificada de maneira sadia: a palavra convence; o exemplo arrasta! Não há forma de uma Instituição Policial prestar seus serviços – cada vez mais complexos - se no lugar da moral existir a hipocrisia... é a hiena trajada de cordeiro. A democracia a que me refiro não se restringe somente ás liberdades formais, não se define por uma igualdade que pouco ou nada significa; ela é participação organizada, coerência com o momento atual, respeito ás diferenças de pensamento, promoção das condições para uma vida humana digna, respeito sem distinção hierárquica e concretização crescente dos Direitos Humanos – Sim, Direitos Humanos é coisa de Polícia!!!Pois o Policial é uma coisa que nunca a mídia comente: HUMANO, TRABALHADOR e CIDADÃO. Logo, a questão da segurança está ligada ás políticas públicas – Desde a colocação de uma lâmpada em uma esquina mal iluminada até a doação de remédios por parte do governo – que consigam ordenar os investimentos no sentido de dar condições dignas de vida aos cidadãos e profissionais da área, com a possibilidade destes influírem nas decisões que digam respeito ás suas vidas. Não se policia uma sociedade com equipamentos ultrapassados, com veículos em frangalhos, rádios com defeito ou mesmo com postos e delegacias espalhados de modo irregular, sem efetivo suficiente. Uma polícia que com tais condições não realiza sua tarefa constitucional. Por outro lado, a mesma tem se tornado cada vez mais uma prestadora de serviços de saúde, em detrimento do combate e prevenção ao crime: alguém corta o pé, chama a polícia; tem crise renal vem uma viatura... um repasse de tais ocorrências ao Bombeiro Militar e hospitais, que tivessem ambulâncias, socorristas e enfermeiros dinamizaria o trabalho policial. O problema da dispersão de Policiais, designados para tarefas que não são ligadas aos objetivos da missão policial, ao mesmo tempo em que cortam a cidade de um lado para outro, a fim de cumprir sua jornada, em alguns casos cara para seus bolsos, tem menor eficácia em razão do cansaço propiciado. No seio da sociedade, devido ao distanciamento tomado na ditadura, criaram-se os pensamentos que a criminalidade é um mal que deve ser extirpado e o combate ao crime é responsabilidade exclusiva da polícia, sendo que este último e perigoso pensamento assemelha-se a tentar enxugar o chão da cozinha com a torneira da pia quebrada; uma atitude paliativa que nada resolve se a raiz da questão não for tratada com urgência e seriedade por pessoas competentes, e não por “policiólogos dedos-frios” (aquele sujeito que diz ser entendido em segurança pública, faz seu discurso em coquetéis buscando aprovação popular com pretensões políticas, enquanto mexe o gelo do copo de uísque com o dedo indicador). Pensa-se muito na dignidade dos destinatários das ações de segurança pública. É necessário ressaltar que os policiais também são cidadãos com direitos e deveres, ainda que a sociedade cobre somente este último, devendo a sua dignidade ser respeitada desde o momento em que adentra á organização que escolheu para trabalhar no primeiro dia de curso, tendo uma sobrevivência digna, a fim de poder exercer sua perigosa profissão com um mínimo de segurança para si e para os seus. Sem policiais bem treinados, civicamente preparados, bem pagos, livres de regulamentos arbitrários (que só servem para legitimar hierarquias discutíveis) e educados para servir á sociedade, não haverá possibilidade de assegurar uma vida de paz para a sociedade e a sobrevivência da corporação.