Antigamente, havia o conto do vigário. Hoje, está surgindo o conto do Dirigente religioso. Calote, estelionato, falsidade ideológica, promessa de lugar no céu... São casos de estelionato, abusos de toda a ordem. Tudo em nome de “deus”, (com letra minúscula, mesmo). Afinal, o grupo de eleitos está numa missão e eles são os “autênticos fiéis”, a militância de Deus. Junte-se a isto uma total ausência de respeito, tolerância e a vontade dos seguidores de aceitar qualquer bobagem apocalíptica. Assim temos o quadro completo.
Sempre Desconfie de pessoas sensacionalistas que fazem “previsões” destrutivas e que a qualquer custo tentem induzir você a gastar fortunas para “ajeitarem” sua vida. A crendice popular é uma «morada aberta» aos exploradores das fragilidades exibidas por qualquer cidadão que, em momento de desespero, nomeadamente em casos de doença, recorre ao que quer que seja na ânsia de pôr por ponto final ao seu sofrimento. Os sintomas do fanatismo, em grupo, são: orações, privações, peregrinações, jejum, discursos e martírios que podem terminar com o sacrifício da própria vida visando salvar o mundo das "trevas" ou do que ele entende ser "o mal". Ao menos quando os fiéis estão vendo...
Charlatões religiosos são o que mais há e existem histórias carregadas de misticismo, com solo fértil em mentes mais sugestionáveis O discurso dos Estelionatários Religiosos é puramente mercantilista, com a finalidade única do lucro, do benefício, enriquecimento pessoal. Desenvolve-se disfarçado nos bastidores, sempre atacando o respeito às liberdades individuais. O que interessa é o lucro. O Estelionatário religioso sempre procura e encontra um povo desesperado, que está disposto a pagar caro pelo alívio do seu sofrimento ou pela recompensa da sua ganância.
Um dos aspectos mais assustadores no fanatismo religioso é o fato de que os “iluminados”, precisamente porque se assenhorearam da verdade absoluta e são os procuradores de Deus para todas as questões humanas, nunca reconhecem um erro e não hesitam em valer-se da mentira para caluniar aqueles que eles julgam inimigos da causa.
São pessoas assim que fizeram algumas das coisas mais escabrosas da história da humanidade: Inquisição, Cruzadas, Guerras Religiosas, Escravidão, Conquista das Américas (com o extermínio de 80% dos índios), perseguições religiosas, conversões forcadas de inúmeros povos à força das armas, etc.… É incrível como dezenas de milhões de pessoas tenham sido perseguidas, torturadas, massacradas, assassinadas, esfoladas, queimadas, decepadas, evisceradas, quebradas, enforcadas, mutiladas, etc.
O discurso de tais farsantes, nas entrelinhas deveria ser esse: - “Dai mais dinheiro, dai mais do que 10%, dai tudo o que tiverdes e, se morrerdes de fome ireis para o Céu, direto, de carona em algum dos carros que foram comprados paras os filhos do estelionatário, carros este que utilizam para ir e voltar das boas e caras escolas particulares... esse dinheiro que vem do trabalho honesto e suado dos devotos. É muito consolador, Ó Irmãos, saber que a família do estelionatário pode viver em paz e conforto. Orai pelo estelionatário religioso, irmãos, ele é um enviado de DEUS. Aleluia, Irmãos!”.
Quem tem o espírito do fanatismo não dialoga, pois todos os que não concordam com suas idéias são infiéis, heréticos, merecem serem queimados nas fogueiras da inquisição. Está convencido de que só sua verdade há de prevalecer. Os textos religiosos tomados literalmente, fornecem a sustentação "teórica" do discurso do estelionato; acredita estar de posse de toda a verdade e por isso não se dá ao trabalho de levantar possíveis dúvidas, como confrontar com outro ponto de vista, ou desvelar outro sentido de interpretação. O fanático tem certeza e isso lhe basta.
Foi fanatismo religioso que fez muitos seguirem Jin Jones (Templo do Povo), Asahara (Verdade suprema), David Koresh (Ramo Davidiano), Jo Dimambro (Templo Solar) e tantos outros místicos ou charlatães que terminaram causando tragédias coletivas, noticiadas no mundo todo. A história conheceu também os histerismos coletivos da "caça as bruxas", a perseguição aos negros, índios, comunistas, homossexuais, prostitutas. O movimento da Jihad islâmica contra os "infiéis do ocidente" e a "guerra aos terroristas" do oriente.
O fanático desrespeita, desconsidera, é intolerante quanto ao modo de ser, pensar e agir do outro. Quer dominar o mundo de todas as formas com sua crença, pregam intolerância multirreligiosa, multicultural e multirracial, usando o espaço de liberdade democrática para espalhar o seu ódio e sua crença.
Quem tem telhado de vidro não atira pedra no telhado alheio. Ao invés de se preocuparem tapando o sol com a peneira, determinados “religiosos” devem se ater aos verdadeiros lobos em forma de cordeiro. Está na hora de tirar a sujeira escondida por debaixo do tapete. Estes religiosos que se “mostram revoltados” com a situação política das instituições do país, não dizem o que fazem e com quem fazem nas noitadas. Isso também é estelionato religioso. É vender uma imagem que não existe. Por exemplo, enquanto o Vaticano reprimia a Teologia da Libertação de Leonardo Boff, através do “cala boca” do Cardeal Ratzinger, (Atual Papa Bento XVI) patrocinava a entrada ilegal de vultosas somas na Polônia, para financiar o Sindicato Solidariedade e desestabilizar o governo polonês, num esquema de lavagem de dinheiro que envolvia os cardeais Cody, Marcinkus e Vojtyla (leia-se David Yellop).
O Banco Ambrosiano, em Roma, pertencente ao Vaticano, tem muita história pra contar...
O discurso que tais estelionatários utilizam é sempre o mesmo: a proximidade do fim do mundo, “profecias” e “aparições” que “confirmem” os “sinais” de que o fim dos tempos está muito próximo e o “Anticristo” já está circulando por aí... O quadro se completa se, além disso, for possível identificar um inimigo (real ou imaginado) responsável pelo atual período de decadência.
Conheço até um destes estelionatários religiosos, de uma pequena cidade aqui de SC que “inventou” um novo purgatório ( não reconhecido pela igreja católica, é claro!!) no qual existem "tantos Milhoes de almas"... uma salinha de espera do purgatório...e que vive rezando em Igrejas e cemitérios para “salvar almas”...obviamente, tudo isto bancado pelos “donativos” dos fiéis...viagens e mais viagens, que já incluíram Holanda, Portugal, Itália e carros novos para os filhos. Tudo isso “salvando” almas...até que levou um "corridão" dos filhos de uma "seguidora" na Holanda...
O estelionatário religioso usa argumentos pouco racionais, mas de grande efeito. Deus dá as coisas e faz o que quer. DESDE QUE ELE GANHE SUA PORCENTAGEM. Logo, se promete em nome de Deus, as chances de sucesso do golpe são grandes. Principalmente, se a vítima tem fé e segue uma religião cegamente. A possibilidade de uma pessoa lograr outra é quase infinita na religião.
Suas vítimas geralmente são as categorias econômica e intelectualmente mais baixas da população, com pouco acesso ao estudo, sendo mais crédulos, humildes e devotos das tradições religiosas mais arraigadas. É A PARCELA MAIS FÁCIL DE SER ENGANADA. Tornam-se as vítimas pelo ESTELIONATÁRIO RELIGIOSO, sempre dotado de um elevado componente de picaretagem e, por que não dizer, de ESTELIONATO FINANCEIRO que discrimina, ridiculariza e tripudia sobre a espiritualidade de outras religiões, reportadas como algo merecedor do "fogo eterno" e "coisa do demônio". A liberdade de pensamento é simplesmente suprimida pelo fanatismo religioso. O que está por trás dos novos fanatismos religiosos – independente de qual segmento religioso – é o seu principal perigo: quando o fanático religioso tenta reger as vidas de outras pessoas.
É preciso, sem dúvida, desenvolver o senso crítico contra os desvios da intolerância, do fanatismo e de certas manifestações de estelionato religioso. Mas não ocultemos os estragos causados. O fanático acha que pode exorcizar pessoas e coisas “possuídas pelo demônio", "combater as forças do Mal" ou "salvar a humanidade" do caos.
Estes estelionatários, verdadeiros “nazistas” que se fazem passar por líderes religiosos, ameaçam á todos de excomunhão. Para começar: só pode ser excomungado quem é e segue o catolicismo, que isso fique claro. Não adiantar “dar piti” e ficar vociferando para chamar a atenção... Principalmente quando não se consegue nem governar a própria casa. Indivíduos que sempre visam o lucro, na mais completa falsidade, são sempre os mais agressivos. Não querem dialogar, acham-se donos do mundo e de todos. E querem controlar a tudo.
O fanatismo é uma reação do recalcado do inconsciente do indivíduo. O fanatismo é alimentado por um sistema de crenças absolutas e irracionais que visa servir à um ser poderoso empenhado na luta contra o Mal. Para o fanático religioso, não basta adorar um Deus visto como Senhor absoluto, é necessário ser soldado dele na terra, lutar pela causa superior, pregar, exorcizar, forçar os "infiéis" ou "divergentes" à conversão absoluta, à qualquer preço.
O fanático não fala, faz discursos; é portador de discursos prontos cujo efeito é a pregação de fundo religioso ou a inculcação política de idéias que poderá vir a se tornar ato agressivo ou violento, tomado sempre como revelação da "ira de Deus". O fanático usa o discurso delirante, declarações, comunicados, que jamais se voltam para escuta ou o diálogo, exercício esse que faria emergir a verdade - não a "certeza". Acredita que "vale tudo" para difundir a "verdade única" que o tocou e o transformou para sempre.
O fato do sujeito se ver como o único que está no lugar de certeza absoluta, de "ter sido escolhido por Deus para uma missão", já constitui sintoma suficiente para muitos psiquiatras diagnosticarem aí uma loucura ou psicose. Pois visa de fato destruir em atos calculados "os impuros", "os infiéis", enfim, todos os que não concordam com ele. É "obra do Senhor", "o Senhor quer que eu faça", "foi a mão de Deus", "O único Deus é Allah", "só Cristo salva", "Jesus Cristo é o Senhor", "somos o Bem contra o Mal", "Em nome do Senhor Jesus eu ordeno..." etc. São mais do que frases, são efeitos de uma poderosa "fantasia da eleição divina" típico discurso delirante da salvação messiânica.
Outro indício de fanatismo é quando se perde o sentido de respeito e humanidade para com os diferentes, em nome de uma causa transcendente. Todas estas afirmações possuem uma visão que nega outros modos de crer e pensar. O mundo fanático foi dividido entre "os eleitos" e os que continuam nas trevas e que precisam ser salvos ou serem combatidos por todos os meios, pois "são forças do mal".
Faz parte da estratégia para atrair pessoas para novas seitas e igrejas, investir em programas produzidos para solitários que sofrem insônia e depressão nas madrugadas. Os desesperados sentem-se acolhidos com tais palavras mágicas e facilmente se sentem inclusos e maravilhados pela ilusão de nova vida e sentimento extremo de felicidade, numa igreja em que o fanatismo é o seu ponto cego. Existe em cada fanático um fascista camuflado, pronto para emergir em atos de exclusão e eliminação.
O sentimento que no fundo sustenta o fanatismo não é a fé, nem o amor, mas o ódio e a intolerância. O desejo do fanático "autêntico" é dominar o mundo com seu sistema de crença cheio de certeza. No plano psíquico, o lugar do recalque torna-se depósito de ódio e desejo de eliminar todos os que atrapalham o seu ideal de sociedade. Certa dose de paciência doutrinada o faz esperar-agindo para que a "idade de ouro puro" possa um dia acontecer.
São tão fanáticos os terroristas - suicidas muçulmanos como os fundamentalistas cristãos norte-americanos que atacam homossexuais, proíbem o ensino da teoria evolucionista de Darwin, obrigando aos professores ensinarem a doutrina criacionista tal como está na Bíblia, ou ainda, os protestantes da Irlanda do Norte que atacam crianças católicas ou os bascos que querem ser um país independente a qualquer preço, por meio do terror.
Concluindo, resumimos que, previne-se o fanatismo com uma educação de boa qualidade, que saiba promover a cultura geral, a tolerância e o respeito.
É! Infelizmente, existem pessoas do mal que se aproveitam da boa-fé daquelas inocentes, vendendo sua salvação. Deus é humilde. Nunca pediu dinheiro a ninguém para curá-la ou fazer a ela o bem. Por isso mesmo não acredito em seitas religiosas. Existem mais Igrejas que botecos. A fé virou comércio! Penso que a realidade é essa. Aurélio foi muito feliz em suas colocações.
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